sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desorientação natural

Tenho uma ânsia de dizer tudo aquilo que não quero sentir, para resolver num ápice aquilo que se for seguido pode demorar séculos e não dar em nada. Confuso não? ...Mas o que dizer da confusão, senão a relacionar com a minha ligação proxima e inifindável a ela...Sei que sou confusa e complicada...Que quero e não quero em segundos...Que desejo querer verdadeiramente, e não apenas querer por nada...
Queria poder amar verdadeiramente, sentir aquela invasão de sentimentos na alma, sentir o aperto no peito, e as tão famosas borboletas na barriga...Queria, juro que queria, mas não sei bem porquê, nem o por não quê, mas inexplicavelmente não resulta!...E eu não tenho nada a apontar, uma única explicação lógica e racional para que aconteça...Tem tudo para ser perfeito!...o entendimento, a "avontade", a confiança, o respeito, a dedicação, o humor, a cumplicidade...Mas o que eu faço se há isto tudo, mas não há "o sentimento"!...Aquele inexplicavel que correu o mundo e as almas com rios de tinta de caneta, e que mesmo assim continua indescritivel e inalcansavelmente inconstante e incerto!...O que fazer se ele não surge assim puro e pleno...
E talvez por momentos, eu pudesse acreditar que a plenitude estaria no bem-estar, na facilidade, na simplicidade e na amizade...E estão! Tambem estão, mas não estão totalmente quando aquele "O sentimento" não está! E o que eu posso fazer se não o sinto mesmo querendo...Ou se talvez não consigo querer? ...Não sei...Sei que já estive perto algures do "O"...Já estive lá tão perto, mas perdi-o...Será que por o perder, ou desperdiçar, ou ignorar, ou não saber lidar, que por isso ele não me presentiará jamais? Serei eu merecedora de tal acontecimento?..Resta-me esperar ou pelo "O" ou para que esta certeza me abandone...Mas assim não consigo seguir em frente...Assim não dá mais...