sábado, 26 de julho de 2008

Pintar a verdade

"Ai se eu pudesse pintar a verdade
De um tom cor-de-rosa ou mesmo de azul
Talvez contasse com mais à vontade
Este rosário de sombras e luz


Ai se eu caísse num sono profundo
Talvez eu pensasse que estava a sonhar
Ai se eu mandasse nas coisas do mundo
Mandava ser tempo de recomeçar


Ai se eu não fosse assim tão fadista
Desvendava o mistério de ter esta dor


Fui alquimista por ouro e amor
Mas jamais consegui transformar o real
Numa flor...


Ao luar, vem-me procurar ao luar
Que eu sou pequenina e não sei andar
Anda ver, anda ver o sol a nascer
E verás que o que for será, tem que ser...


Ai se eu pudesse pintar a verdade
Em tons prateados ou mesmo de azul
Talvez contasse com mais à vontade
Este rosário de sombras e luz


Ai se eu não fosse assim tão fadista
Desvendava o mistério de ter esta dor
Fui alquimista por ouro e amor
Mas jamais consegui transformar o real
Numa flor...


Ao luar, vem-me procurar ao luar
Que eu sou pequenina e não sei andar
Anda ver, anda ver o sol a nascer
E verás que o que for será, tem que ser...

Ao luar, ao luar..."

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