Tropeço na confusão
Desço a avenida
Desço a avenida
E toda a cidade estende-me a mão
Sigo na rua, a pé, e a gente passa 
Apressada, falando, o rio defronte
Voam gaivotas no horizonte 
São montras, ruas
E o trânsito
Não pára ao sinal 
São mil pessoas
Atravessando na vida real
Os desenganos, emigrantes, ciganos 
Um dia normal,Como a brisa que sopra do rio
Ao fim da tarde 
Em Lisboa afinal 
Gente que passa 
A quem se rouba o sossego 
Gente que engrossa
As filas do desemprego, 
São vendedores, polícias, bancas, jornais 
Como os barcos que passam tão perto
Tão cheios
Partindo do cais
Pedro Campos


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