quinta-feira, 20 de março de 2008

Sou um corpo que faz versos...


Sou um corpo que faz versos...

E uma alma que os projecta na realidade...

Sou um tudo ou nada de verdade...

Sou saudade dos gestos secretos...

Do tempo em que escrevia versos com vaidade...

De mundos certos...

Na insanidade....

Sou um corpo que faz rimas sem sentido...

No tudo ou nada...

De rimar...

Sou um verso, uma rima, por acabar...

O verso negro...escuro e oculto...

Sou mais que um simples vulto...Por calar...

Sou um verso que rimo sem rimar...

Sou uma voz que cala, sem falar...

Sou uma alma, que sente sem sessar...

Sou um corpo perdido, no viver e no amar...

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